os biocombustiveis e o meio ambiente
A produção de biocombustíveis, seja de biomassa sólida, como lenha e carvão vegetal, ou líquidos, como o bio-etanol produzidos de cana-de-açúcar, óleo de dendê ou até mesmo do biodiesel produzido pela esterificação de óleos vegetais com metanol ou etanol, pode ter várias justificativas econômicas, sociais e ambientais.
As vantagens ambientais do uso de biocombustíveis líquidos para veículos vêm de duas possíveis fontes. A primeira é a diminuição das emissões de gases ou partículas pelos veículos que são diretamente prejudiciais a saúde humana ou ao meio ambiente, como monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de enxofre e nitrogênio. A segunda pela mitigação das emissões dos gases do chamado “efeito estufa”, principalmente o dióxido de carbono.
Recentemente no Brasil muita atenção vem sendo dada a produção de biodiesel. Os principais fatores para esse maior interesse estão relacionados principalmente com os aumentos contínuos do preço de petróleo e seus derivados, com vantagens na mitigação de emissões gás carbônico e com a possibilidade de captar recursos internacionais por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. (ALVES, 2005, p. 42)
Já nos anos 1970, a preocupação com a qualidade do ar nas grandes cidades e com os efeitos negativos das emissões veiculares nessa qualidade renovou o interesse pelos biocombustíveis. Os grandes produtores e usuários de álcool, os Estados Unidos e o Brasil, passaram a focar neste aspecto de uma forma séria e intensa, enquanto outros países, como o Japão e os da União Européia, mantiveram um interesse mais reduzido pelo assunto.
A obrigatoriedade de adicionar componentes oxigenados na gasolina, para reduzir as emissões de monóxido de carbono e hidrocarbonetos, abriu mercado para o álcool, mas ele tinha de competir com outros oxigenados como o MTBE (Metil Tércio
Butil Éter).
Na segunda metade da década de 1990, com a introdução da injeção eletrônica e do catalisador de três vias