Os bestializados: resumo do primeiro capítulo
Autor: José Murilo de Carvalho
Aristides Lobo: “O povo assistira a tudo bestializado”.
Observador participante e interessado;
Louis Couty: “o Brasil não tem povo”.
Problemática:
Concepção e prática da cidadania entre o povo;
Relacionamento entre Estado e cidadão:
Para o autor, uma via de mão dupla, não necessariamente equilibrada;
Desenvolvimento de uma base de legitimação para o sistema;
O advento da República:
Grande mudança de regime político;
Implantação de um sistema de governo que se propunha, como demonstrado na propaganda republicana, trazer o povo para o cenário político; Por povo, entendem-se aqueles indivíduos excluídos do jogo político do antigo regime imperial. Para estes, o novo regime despertava entusiasmo perante a possibilidade de participação na vida política do país.
Momento e espacialidade propícios para a proclamação (dissidências políticas imperiais e a cidade do Rio de Janeiro);
O Rio de Janeiro, melhor, seu ambiente citadino, é colocado como lugar clássico do desenvolvimento da cidadania;
A CIDADE DO RIO DE JANEIRO:
Capital política e administrativa da nação;
Centro difusor de ideias políticas;
COM A REPÚBLICA, A CIDADE DO RIO SOFRERÁ ALGUMAS MUDANÇAS NAS MAIS DIVERSAS ESFERAS:
a) Aumento populacional: negros pós-abolição e imigrantes estrangeiros;
b) Desequilíbrio entre os sexos;
c) Decresce a taxa de nupcialidade;
d) Acúmulo de pessoas em subocupações: más remuneradas ou sem ocupação fixa;
e) Condições de vida: a problemática habitacional (quantidade e qualidade das moradias, alojamentos, cortiços, vilas, entre outros); abastecimento de água; saneamento; higiene; surto de epidemias (no início da República: varíola, febre amarela, malária e tuberculose);
ECONOMIA E FINANÇAS:
a) A abolição e suas implicações: emissão de dinheiro (pagamento de salários; demanda crescente);
b) Febre especulativa;
c) Encarecimento dos produtos importados;
d) Inflação e duplicação dos preços (1892);
e)