ORÇAMENTO EMPRESARIAL
Este artigo pretende discutir o papel que o orçamento empresarial tem em umaorganização, bem como os erros que muitos gestores têm feito com relação a suareal aplicação.
A comparação entre diversas visões em torno do tema em questão é uma prova,por si só, que há um conflito estabelecido. Para uns o problema reside noorçamento em si como ferramenta, outros acreditam que o elo do problema está navinculação dos objetivos estabelecidos e as recompensas da gerência. Finalmente,existem aqueles que percebem no orçamento uma ferramenta importante para semedir o desempenho.
Ao final deste artigo, um conjunto de conclusões poderá ser verificado sobre estetema que tanto tem dominado as discussões do mundo acadêmico como no dia-a-dia das empresas.
Em um recente artigo publicado pela revista Harvard Business Review, JENSEN (2002), discute de forma enfática a função do orçamento nas organizações. Segundo o autor:
“o processo de elaboração dos orçamentos é uma piada, e todos sabem disso.Consome um tempo absurdo dos executivos, forçando-os a passar porintermináveis e enfadonhas reuniões e tensas negociações. Encoraja os gerentesa mentir e a enganar”.
Durante o período em que o Brasil percorreu por elevados índices inflacionários,planejar era um verbo difícil de se conjugar. Naquela época, levava-se em contaque a inflação iria distorcer qualquer previsão. Como paliativos surgiramorçamentos em moeda forte (dólar) ou até mesmo com correção contínua. Talvez,desde aquela época, o verdadeiro tecido de fundo fosse o mesmo que JENSEN (2002) nos coloca agora: o fator humano nas questões orçamentárias. Recorrendoa WEBER (1994), este nos posicionaria que dado um sistema burocrático, ohomem buscaria conquistar os fins através de meios que suas ações mostrariamna prática.
Inicialmente, deve-se ter em conta que o orçamento não é um procedimentoisolado, feito pelo departamento financeiro. É