ORIGENS E INÍCIO DA COMUNICAÇÃO HUMANA
DISCIPLINA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO I
ORIGENS E INÍCIO DA COMUNICAÇÃO HUMANA: O TERCEIRO ORGANIZADOR DA PSIQUE
2º período, turma B, diurno
Curitiba
2014
A partir do momento que a criança começa a andar ela consegue sair do alcance da mãe, dessa maneira a relação objetal, que até então estava baseada no contato de proximidade sofre uma grande mudança. A capacidade de se locomover da criança cria uma distância entre ela e a mãe, de modo que a intervenção da mãe terá que se basear, cada vez mais, no gesto e na palavra. Até então, a mãe poderia satisfazer ou não os desejos da criança, agora ela será obrigada a impedir certas iniciativas da criança. A relação entre mãe e filho, agora, passa a ser baseada em explosões da atividade infantil e ordens e proibições maternas. No estágio pré-verbal, as mensagens transmitidas pela mãe, necessariamente consistiam, na maioria das vezes, em ações, devido ao desamparo da criança. Spitz diz que a mãe é o ego externo da criança. Porém, não significa que as trocas vocais sejam nulas, toda mãe fala com o filho. O cantarolar é substituído pela proibição, pelas ordens, pela reprovação. A palavra que a mãe usa agora com mais frequência é “Não! Não!”, e quando diz essas palavras, a mãe balança a cabeça enquanto impede a criança de fazer o que estava pretendendo. A criança entende as proibições da mãe através de um processo de identificação. O que nos mostra esse processo de identificação é o momento em que a criança passa a imitar o meneio negativo de cabeça. Tal gesto torna-se um automatismo obstinado. O meneio negativo de cabeça “Não”, é e talvez seja o principal conceito abstrato formado na mente da criança. Após registrar na memória a associação de meneio de cabeça com recusa, a criança, por sua vez, reproduz o gesto, quando ela expressa recusa. A explicação mecânica está bem de acordo com a hipótese de reforço da teoria da