Origens e Inicio da Comunicação Humana
Origens e Inicio da Comunicação Humana
CURITIBA
2012
Antes que o segundo estabilizador de fato se estabeleça as mensagens maternas atingem a criança principalmente por meio do toque. Ao adquirir a locomoção a criança começa a lutar pela sua autonomia e se liberta do alcance da mãe. Ela pode sair de sua área visual mas não do contato de sua voz. Por fim as relações objetais que antes eram baseadas em contato de proximidade passarão por mudanças radicais.
A locomoção independente é um progresso repleto de perigosos para a criança, pois a mesma não hesita em satisfazer sua curiosidade. Assim, a capacidade que a criança adquiri de se locomover sozinha coloca uma certa distancia entre ela e a mãe. A intervenção materna tem de ser baseada a partir de agora cada vez mais, no gesto e na palavra. A mudança da passividade para a atividade é um ponto critico, coincide com o advento do segundo organizador.
A mãe é o ego externo da criança, até que a criança possa desenvolver uma estrutura capaz de organizar o seu próprio ego.
Então, desde que a locomoção é adquirida, tudo isso muda, agora, a palavra mais usada é o “não” . A mãe enfatiza a palavra e o gesto que demonstra proibição a partir de ações físicas, ate que a criança comece a entender as interdições verbais. A criança começa a entender as proibições que a mãe lhe impõe através de um processo de identificação. O sintoma que fica claro, é que a criança passa a imitar o maneio negativo de cabeça que comumente acompanha a ação da mãe.
Esse gesto torna-se um automatismo obstinado, que ate o adulto de boas maneiras tem muita dificuldade para abandonar, isso acontece pois ele foi adquirido e reforçado no período mais arcaico da consciência, no inicio do estagio verbal.
O maneio negativo de cabeça não é o primeiro conceito abstrato formado na mente da criança, pois é a criança que escolhe as circunstancias em que deve usar