Origens Do Simbolismo
Ao longo da década de 1890, desenvolveu-se na França um movimento estético a princípio apelidado de "decadentismo" e depois "Simbolismo". Por muitos aspectos ligados ao Romantismo e tendo berço comum ao Parnasianismo ("Parnasse Contemporain", 1866), o Simbolismo gerou-se quando escritores passaram a considerar que o Positivismo de Augusto Comte e o demasiado uso da ciência e do ateísmo (procedimentos do Realismo) não conseguiam expressar completamente o que acontecia com o homem e a Natureza.
A França foi o berço do Simbolismo, que se manifestou no satanismo e no spleen de As Flores do Mal, do poeta Charles Baudelaire; no mistério e na destruição da linguagem linear de Um lance de Dados e de Tardes de um Fauno de Stéphane Mallarmé; no marginalismo de Outrora e Agora, de Paul Verlaine e ainda no amoralismo de Uma Temporada no Inferno, de Jean Nicolas Rimbaud. Segundo algumas fontes, Edgar Allan Poe é considerado o precursor desse movimento, por ter influenciado nas obras de Baudelaire.
Principais características da produção artística
Predominância da emoção;
O objeto deve estar subentendido, não se mostrando claramente – daí o "símbolo";
Musicalidade (através de aliterações, assonâncias e outras figuras de estilo);
Referências a cores, principalmente à branca;
Presença de motivos religiosos; a poesia representaria uma espécie de ritual;
Sonho, imaginação e espiritualismo;
Subjetividade;
Culto à forma, com influências parnasianas;
Uso da figura de linguagem sinestesia, que representa a fusão de sensações (beijo amargo, cheiro azul), além de outras como personificação e metáfora;
Abordagem vaga de impressões subjetivas e/ou sensoriais (Impressionismo), sobretudo na pintura.
Simbolismo no Brasil
Iniciado oficialmente em 1893, com a publicação de Missal (prosa poética) e Broquéis, de Cruz e Souza, considerado o maior representante do movimento no país, ao lado de Alphonsus de Guimarães, o Simbolismo brasileiro, segundo alguns autores, não