Origens do Pensamento Grego
Capitulo II- A realeza Micênica
O segundo capitulo do texto busca compreender o quadro organizacional de Micêna (região da Grécia Antiga) para tanto se propõe a analisar as fontes existentes, apesar de faltosas e escassas pode se estabelecer padrões definidores de vários aspectos da vida social presente nessa região.
“A vida social aparece centralizada em torno do palácio cujo papel é ao mesmo tempo religioso, político, militar, administrativo e econômico. Nesse sistema de economia que se denominou palaciana, o rei concentra e unifica em sua pessoa todos os elementos de poder, todos os aspectos da soberania. Por intermédio de escribas, que formam uma classe profissional fixada na tradição, graças a uma hierarquia complexa de dignitários do palácio e de inspetores reais, ele controla e regulamenta minuciosamente todos os setores da vida econômica, todos os domínios da atividade social.” (pag, 24)
Os escribas tinham como função principal o controle da vida social seja em aspectos produtivos, políticos, culturais ou mesmo militares, entretanto nunca foi possível uma centralização do poder como acontece por exemplo nas regiões do Antigo Oriente Próximo onde obras estruturais fizeram-se necessárias tendo de ser administradas mais unitariamente para o progresso eventual, na Grécia antiga fica evidente a dispersão da economia em círculos mais longínquos.
O poder do ánax (rei) se destina a um amplo domínio de controle, parte dele qualquer designação ao povo não se limitando apenas a estratégia militar, o poder real era legitimado por lendas que tinham como função atestar se a administração estava sendo exercida corretamente, portanto se faz necessária uma gama de sacerdotes que os oriente sobre ritos e tradições que deveriam ser cumpridas para o bem publico, sendo assim na Grécia existe a ideia de “Rei divino, mágico, senhor do tempo, distribuidor da fertilidade”. (pag 30)
A distribuição