origem

4172 palavras 17 páginas
A origem da moeda
Atualmente, quando falamos em moeda, logo nos vem à mente a moeda em forma de papéis, emitidos pelo Banco Central dos países. Historicamente, porém, diversos bens assumiram o papel de meio troca amplamente aceito: sal, gado, conchas, metais preciosos. Esse fenômeno, o surgimento da moeda, constituiu-se um mistério por muito tempo, tentando ser explicado por diversos pensadores, desde filósofos, como Platão e Aristóteles até matématicos, juristas, entre tantos outros. Infelizmente, a maioria das explicações tinha como argumento central uma suposta ?convenção? entre os indivíduos, que houveram por bem adotar um meio de troca padrão para facilitar as transações. Esse argumento dá margem a diversos questionamentos: a ausência de evidência histórica para corrobora-lo e a impossibilidade de se acordar uma proporção de troca entre os mais diversos bens de uma economia e o bem adotado como moeda, para citar os mais relevantes.
Carl Menger, entretanto, produziu uma teoria sobre o assunto de forma inovadora e satisfatória, sintetizada em um ensaio, ?The Origins of Money?, publicado em 1872. Menger, em sua teoria, não tenta explicar a origem da moeda como um produto da intenção dos homens, que teriam percebido as vantanges de um meio de troca amplamente aceito e estabelecido uma convenção, de modo a proporcionar o bem comum. Pelo contrário, a moeda seria resultado involuntário das ações individuais dos homens, que buscam o interesse próprio.
Uma economia não monetarizada, isto é, uma economia de escambo, tem como característica as trocas diretas entre os agentes. Por exemplo, o agente A, possuidor de trigo, tenta encontrar um agente B, possuidor de arroz, sendo que que B deve estar disposto a trocar seu arroz pelo trigo de A. Evidentemente, esse mercado baseado em trocas diretas é muito limitado: muitas transações, que satisfazeriam os agentes, acabam não ocorrendo, dado que a probabilidade que dois agentes que estejam querendo exatamente o que o outro

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