Origem inorgânica do petróleo
A teoria da origem inorgânica do petróleo (sinônimos: origem abiogênica, abiótica, abissal, endógena, juvenil, mineral ou primordial dos hidrocarbonetos naturais) sustenta que o petróleo é formado por processos não biológicos, a partir de microorganismos pré-históricos decompostos, que libertaram moléculas de hidrocarbonetos estáveis a altas pressões e temperaturas, nas profundezas da Terra (manto), sofrendo posterior contaminação biológica (por bactérias) em níveis de baixa pressão e temperatura, na crosta terrestre.
Isto contradiz a visão tradicional de que o petróleo seria um "combustível fóssil", produzido a partir dos restos de antigos organismos e portanto esgotável. O constituinte primordial do petróleo é principalmente metano CH4 (molécula formada por um átomo de carbono ligado a quatro átomos de hidrogênio). A ocorrência de metano é comum no interior da terra, sendo possível a formação de hidrocarbonetos em grandes profundidades. História
Os primórdios dessa teoria datam do século XIX, quando os químicos, o francês Marcellin Berthelot e o russo Dmitri Mendeleiev a propuseram para explicar a origem do petróleo. Esses cientistas estudaram as reações de hidrólise de carbetos metálicos que produzem hidrocarbonetos, sugerindo serem abundantes no interior da terra.
A ciência moderna constata que os carbetos metálicos, principalmente dos metais que estão em torno do pico de abundância cósmica do ferro "iron peak" (Fe, Ni, Cr, Co, V, Cu, Mn) formam carbetos que também são encontrados em meteoritos [1]. A teoria abiogênica da formação do petróleo foi revivida na década após 1950, sobretudo por cientistas russos e ucranianos.
A teoria inorgânica contrasta com as idéias que postulam a exaustão do petróleo (Peak Oil), que presumem que o óleo seria formado a partir de processos biológicos e portanto ocorreria apenas em pequena e fixa quantidade, tendendo a se exaurir. De acordo com a Teoria Abiogênica (Abiótica), os