Origem do Sistema Financeiro
A formação do sistema financeiro teve seu início com a vinda da Família Real portuguesa, em 1808, quando foi criado o Banco do Brasil. Com o tempo novas instituições foram surgindo, como a Inspetoria Geral dos Bancos (1920), a Câmara de Compensação do Rio de Janeiro (1921) e de São Paulo (1932), dentre outros bancos e instituições privadas e as Caixas Econômicas fortalecendo o Sistema.
A partir do século XIX e ao longo da primeira metade do século XX, o Banco do Brasil desempenhou várias das funções típicas de um banco central (banco dos bancos, banco do governo). Durante esse período, houve várias tentativas para criar um banco central sem as funções de banco comercial, como órgão específico de controle da moeda e do crédito, e prestamista de última instância. Essas tentativas tiveram estímulo com a criação da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), em 1945, instituída sob influência dos debates e propostas da Conferência de Bretton Woods, com o objetivo de preparar a criação de um banco central e exercer o controle do mercado monetário. Pelo Decreto-Lei nº 7.293, de 2 de fevereiro de 1945, a estrutura de cúpula do Sistema Financeiro Nacional era composta pelos seguintes organismos:
• Conselho Superior da Sumoc: como órgão normativo responsável pela supervisão e coordenação das políticas monetária, creditícia, cambial e bancária.
• Sumoc: com as atribuições típicas de um banco central clássico, como fiscalizar as instituições financeiras e fixar taxas de juros e percentagens dos depósitos compulsórios, dentre outras.
• Banco do Brasil: como órgão executivo de decisões do Conselho Superior da Sumoc e algumas funções residuais de banco central, como agente financeiro do Tesouro, operador da Câmara de Compensação e administrador das Carteiras de Redesconto e de Câmbio e da Caixa de Mobilização Bancária.
• Tesouro Nacional: com poder emissor.
Na década de 50, surgiu o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, autarquia