Origem das Espécies ao Longo da História
Fixismo
Durante muito tempo, o homem ponderou sobre a existência e as origens da vida no planeta. Em grande maior parte da história, as respostas para estas perguntas sempre esteve diretamente relacionadas com uma explicação metafísica, ou seja, de origens divinas. Na Idade Média, por exemplo, com o catolicismo, a explicação para a origem das espécies era dada pela Bíblia, a qual ninguém jamais poderia investigar ou questionar.
Somente no século XVII, tem-se o declínio do poder da Igreja, e a inquisição e o poder do dogma sobre os humanos diminui. Assim, mesmo que ainda acreditando em Deus e na origem divina das espécies, a natureza começa a ser investigada por filosofos naturais, ou os chamados naturalistas.
Estes consideravam a natureza uma obra de Deus, criada em um ato especial, como tido no criacionismo. Este movimento teórico vem a ser chamado de fixismo, recebendo este nome baseado em um de seus mais fortes princípios: a imutabilidade das espécies. Todo ser vivo teria sido criado assim por Deus e jamais sofreria alteração. Estudar e analisar o meio natural, seria, portanto, uma maneira de se aproximar da obra de Deus, e não de questioná-la ou desrespeitá-la. São criadas, por estes, as primeiras teorias obtidas por metodologia científica, que mais tarde virão a formar a biologia.
Sendo cada especie criada por Deus, os naturalistas estabeleciam tipologias de cada grupo específico. Esta tipologia seria um “modelo perfeito e único” de cada um destes grupos, ou seja, ignorava quaisquer variações intraespecíficas. As diferenças entre membros da mesma espécie seriam defeitos adquiridos ao longo dos anos, desde a criação.
A presença dessa tipologia pode ser explicada a partir das influências gregas no modo de ver o mundo. As teorias de Platão, por exemplo, foram convertidas, mais tarde, ao Cristianismo, por São Agostinho, e estas ajudariam a compor a Teologia Natural (fixismo). Platão acreditava que tudo no