Origem da vida
Os seres vivos que atualmente habitam a Terra são descendentes de outros seres que viveram no passado. Mas como surgiram os seres vivos? Esta questão sempre aguçou a curiosidade do homem e, através dos séculos, muitas hipóteses foram propostas para explicar a origem da vida no planeta.
Aristóteles, no século V a.C., foi o maior divulgador da teoria da geração espontânea ou Abiogênese. Esta hipótese baseava-se na ideia de que a vida poderia originar-se da matéria bruta, sob a ação de um “princípio ativo”. Dessa forma, do lodo do fundo das lagoas surgiriam patos e marrecos. Muitos cientistas admitiam a geração espontânea desde a Idade Média até meados do século XIX.
O biólogo e médico italiano Francisco Redi, não aceitou a teoria da abiogênese e, em 1688, realizou uma experiência simples demonstrando que a vida se origina de outra pré-existente – teoria da Biogênese.
Redi colocou matéria orgânica em decomposição dentro de recipientes. Alguns permaneceram abertos e outros, foram fechados com gaze. Nos recipientes com gaze não surgiram moscas. Redi concluiu que moscas vem de moscas e não da carne, como afirmavam os adeptos da geração espontânea.
Em 1749, o escocês John Needham fez várias experiências com caldos nutritivos. Colocou os caldos em tubos de ensaio. Aqueceu-os, fechou-os e tornou a aquecê-los. Alguns dias depois percebeu a presença de alguns micro-organismos. Segundo Needham, os micro-organismos organizavam-se espontaneamente do caldo, reforçando, então, a abiogênese. O italiano Lazzaro Spallanzani, em 1770, contestou as experiências de Needham. Ele repetiu o experimento de Needham, porém aqueceu os caldos nutritivos por mais tempo. Dias depois não encontrou nenhum sinal de vida. Concluiu, então, que Needham não aqueceu suficientemente os caldos para matar os micro-organismos. Os que ficaram vivos reproduziram-se.
Sugeriu, também, que a vedação dos tubos usada por Needham não era suficiente para evitar