Origem da psicologia cientifica
Wolney Ribeiro
SALLES, Catherine. Nos Submundos da Antiguidade. [estado]: Brasiliense, 1982.
Catherine Salles fala da prostituição na primeira parte de sua obra, destacando três cidades gregas, a saber: Atenas, Corinto e Alexandria. Segundo a autora a prostituição era uma instituição legal, isto é, estatal, regida, controlada e assegurada a segurança pelos órgãos do governo, não que inexistissem casas de prostituição que não fossem publicas, no entanto a “organização do prazer” estava sujeita a impostos e era aceitável, desde que se respeitassem os valores estipulados e que crianças, mulheres e homens nascidos livres não fossem prostituídos, para quem permitisse ou para quem prostituísse uma pessoa nascida livre a pena era dura, podendo ser ate mesmo a morte. É importante ressaltar que “as cidades gregas apresentam a particularidade de agrupar as profissões por bairros” (SALLES, p. 17, 1982). A atriz ressalta ainda que em Atenas o bairro mais celebre é o Cerâmico, bairro onde trabalham os oleiros e, também, para onde se dirigem aqueles cujos recursos financeiros não lhos permitem a companhia de uma prostituta a domicílio, como é o caso dos mais ricos que recebem as “cortesãs” de luxo, dançarinas ou tocadoras de flauta, em sua obra a autora ressalta que essas cortesãs de luxo eram tão refinadas que mesmo a mulheres de família abastada não recebiam uma educação semelhante à delas.
ATENAS O bairro do Cerâmico era onde se encontrava a maioria das casas de prostituição instituídas por Solon. Salles mostra que o legislador Solon comprou mulheres, escravas, “prontas e dispostas a atender a todo o mundo”, a ideia era adotar a pratica da prostituição como medida de saúde publica, preservar a raça e servir de derivativo aos ardores dos jovens, bem como proteger a castidade das mulheres livres e para garantir a descendência dos cidadãos. Sólon introduziu em Atenas também uma divisão censitária entre os homens e entre as