origem da familia
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Autoria:
Crismara Lucena Santos
Pesquisadora afiliada do NEPGED - UFPB. Mestranda em Ciências Jurídicas pela UFPB. Especialista em Penal e Processo Penal pela UNIASSELVI. Bacharel em Direito pela UEPB.
Publicado em Zurique, em 1884, O livro “A origem da família, da propriedade privada e do Estado, é de extrema importância para o entendimento de como nossa sociedade chegou aos moldes atuais. Engels começa uma abordagem própria sobre o trabalho de Lewis Henry Morgan, autor das obras de grande importância: “Sistemas de consangüinidade e afinidade da família humana” e “A sociedade antiga”, onde o mesmo aborda como se instituiu relações de parentesco entre mães, pais e filhos, a partir de corroborações de outros autores importantes da época. Contudo, que se esclareça que o autor não se limita a comentários sobre as obras supracitadas, há muito de sua própria pesquisa e concepção sobre o tema.
Em um trecho logo no seu prefácio, Engels atenta que, “de acordo com a concepção materialista, o fator decisivo na história é, em última, a produção e a reprodução da vida imediata. De um lado, a produção de meios de existência, de produtos alimentícios, habitação, e instrumentos necessários para tudo isso; de outro lado, a produção do homem mesmo, a continuação da espécie.” È nesse argumento que ele irá sustentar suas explanações sobre a constituição da civilização, revivendo parte da teoria da sua obra conjunta com Marx “O Manifesto Comunista”.
Ressalta o autor que a sociedade anterior a nossa, denominada “gentílica” e antiga, é substituída “por uma nova sociedade submetida às relações de propriedade e na qual tem livre curso as contradições de classe e a luta de classes.” A prova dessa mudança pode ser identificada