Orientações para o trabalho com disléxico em sala de aula
Em que pesem as constantes transformações da sociedade atual, tais como o desenvolvimento digital, novos paradigmas da ciência e mudança nas estruturas familiares, a função primordial da escola permanece a mesma: favorecer o desenvolvimento acadêmico e social dos seus alunos, independente de suas condições individuais.
Para garantir o cumprimento desta função, a escola precisa mudar. A mudança, por sua vez, deve partir da interação entre o corpo diretivo, a coordenação e a equipe de professores, além da parceria das famílias em um projeto único, coerente e eficaz.
Um aspecto importante da transformação é que a escola se comprometa com a educação inclusiva, não apenas com práticas destinadas aos alunos com dificuldades ou distúrbios. A educação inclusiva deve ser compreendida como uma política para integração de todos os alunos, conscientizando o professor para sua importância e para a necessidade de capacitação contínua para a prática docente.
Sabemos hoje que os distúrbios de leitura e escrita, dentre eles a dislexia, são fatores de maior incidência em sala de aula, portanto devem ser objeto de estudo e de compreensão por parte de todos os envolvidos. A escola, na figura do professor, necessita ressignificar o seu papel na busca de novos caminhos para o processo de ensino-aprendizagem aos alunos que manifestam essas dificuldades. Os resultados das pesquisas recentes (Shaywitz, Sally, 2006) provam que é possível estimular os circuitos neurológicos de baixo funcionamento, através de estratégias e ações reeducativas embasadas nos novos paradigmas trazidos pelas neurociências.
É possível preparar o professor para identificar aquele aluno que demonstre dificuldades em adquirir a leitura e a escrita desde os primeiros anos do ensino fundamental e encaminhá-lo à avaliação aplicada por equipe especializada.
O diagnóstico precoce possibilitará a intervenção psicopedagógica aos portadores, além de