Orientação de alta
A transição epidemiológica em curso no Brasil, fruto das mudanças no perfil demográfico e nutricional da população, vem promovendo profundas alterações no padrão de morbi--mortalidade e no estado nutricional em todas as faixas etárias, em todo o espaço geográfico, nas áreas urbana e rural das grandes e pequenas cidades. É observado um rápido crescimento da população de idosos (indivíduo com idade superior a 60 anos), indicando que o processo de envelhecimento está em curso no país, e com ele, a ascensão das doenças não transmissíveis. Entre os adultos destaca-se a elevação das taxas de doenças como diabetes, obesidade, neoplasia, hipertensão arterial e hiperlipidemias, característica semelhante ao perfil de morbi-mortalidade de população adulta de países desenvolvidos. E entre os adolescentes, a obesidade, a hipertensão arterial e as hiperlipedemias já acenam também como problemas importantes de saúde e se mostram fortemente associadas às condições de nutrição e ao estilo de vida adotado e/ou imposto pela sociedade moderna (ASSIS et. al., 2002).
,A principal responsabilidade da equipe de cuidados com a saúde é manter ou restabelecer um estado positivo e bem-estar na população a que serve. O nutricionista, como membro dessa equipe, participa no reforço ou modificação de hábitos alimentares que promovem boa saúde, assim, como as necessidades nutricionais se alteram através da vida, da infância até a velhice, a maioria das pessoas necessita de controlar seus hábitos. Toda a orientação nutricional é feita num esforço multidisciplinar ao longo da vida. Os nutricionistas podem atuar em várias ocasiões como: cuidados primários com a saúde como em casas de saúde, maternidades, creches, unidades pediátricas, ambulatórios e organizações de manutenção da saúde, onde o tipo de cuidado dispensado é de natureza essencialmente preventiva; a atenção secundária de cuidado com a saúde, como em hospitais e nas oportunidades de cuidados extensivos com a comunidade,