Orientalismo - Edward Said
No texto de Edward Said, o autor disserta sobre o que é Orientalismo e quais foram/são suas consequências no mundo, trazendo uma visão ocidental em relação ao Oriente. Seu relato começa voltando-se ao pensamento europeu durante o século XIX e também no início do XX.
Através da apresentação do discurso de Arthur James Balfour à Câmara dos Comuns em 1910, evidencia a condição de superioridade auto-proclamada pela comunidade européia (principalmente os ingleses) colocando em desvantagem as civilizações orientais. O pensamento do europeu e suas ideias de influência intelectual eram provenientes da própria visão que eles tinham de si mesmos. Estabeleciam um juízo de valor baseado naquilo que eles conheciam, naquilo que eles eram, pondo os povos orientais em posição inferior e infame.
O homem oriental era sempre representado por estruturas maiores que eles, dominantes. Dessas estruturas nasceu o conceito de Orientalismo.
Edward defende em seu estudo que a interpretação de “oriente” e “ocidente” nada mais é do que uma forma de destacar as diferenças entre os povos e conter qualquer tentativa de aproximação entre eles.
Capítulo 1: O Âmbito do Orientalismo
No primeiro capítulo, Edward Said explica como a ciência do orientalismo desenvolvido e como os ocientais começaram a considerar os orientais como seres não-humanos. Os orientais dividiram o mundo em duas partes, fazendo uso do conceito de ‘nosso’ e ‘deles’. Uma linha geográfica imaginária foi traçada entre o que era ocidente e que era oriente. Os povos orientais foram considerados povos não-civilizados, e os ocidentais, tidos como a raça refinada tinham como dever civilizar essas sociedades. Para isso, tiveram que colonizar e dominar os orientais que, segundo eles, eram incapazes de administrar o seu próprio governo.
Os europeus também pensam que eles tinham o direito de representar os orientais no Ocidente por si mesmos. Ao fazerem isso, eles moldaram os orientais à forma como eles