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Unidade III
9 O PLANEJAMENTO E AS ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
As tendências pedagógicas atualmente praticadas nas salas de Educação Infantil não surgiram de forma mágica. Há uma trajetória histórica, social, e tudo começa com os estudos nas várias áreas do conhecimento humano, como a psicologia, a biologia, a sociologia e a antropologia. Grandes nomes como Comenius e Rousseau já tratavam da importância da intervenção educacional para crianças em torno dos seis anos de idade.
Froebel, que criou os Jardins da Infância, enfatizou a brincadeira, a interação entre a mãe e seu bebê como essenciais para a aprendizagem dos pequenos, além da formação de professores específicos para a faixa etária de até seis anos de idade.
Maria Montessori e Decroly, de maneira mais sistematizada, criaram seus métodos de ensino apropriados para o ambiente escolar, bem como Vygotsky e Wallon também realizaram descobertas importantes de como a criança age e interage no ambiente.
Com esses estudos, recebemos informações importantes sobre o desenvolvimento e aprendizagem da criança, desde o nascimento, e de como esse processo evolui até a vida adulta.
Mesmo que o trabalho não seja direcionado à educação escolar, podem‑se tirar dele implicações pedagógicas. É o caso da pesquisa de Jean Piaget, que estudou as fases evolutivas da criança pela sua interação com os elementos do ambiente. O professor pode utilizar essas informações para planejar atividades e organizar o ambiente escolar de forma a propiciar os estímulos desafiadores apropriados ao nível da criança, respeitando sempre seu ritmo e a sua maneira própria de pensar nas soluções dos problemas. Foi assim que, no percurso das correntes pedagógicas da Educação Infantil, passamos da ideia de que a criança era um ser desprovido de pensamento, um adulto em miniatura, cujo pensamento já estaria formado, uma sementinha que deveria receber cuidados apropriados, um ser passivo que deveria ser lapidado ou moldado, para