Orgânica - corantes
CORANTES
Com o nome de corantes, designam-se certas substâncias colorida, relativamente resistente à luz e à lavagem, e que podem, por mecanismos diversos, fixar-se nas fibras dos tecidos (animais, vegetais ou sintéticos) a serem tingidos. Corantes naturais são encontrados desde a mais remota antiguidade. O emprego da alizarina e do índigo, pelos egípicios, no tingimento das vestes, e da púrpura real, pelos fenícios, são exemplos que ressaltam essa afirmativa. O primeiro corante sintético foi obtido, em 1771, por Woulfe, ao submeter o índigo à ação de ácido nítrico. Foi somente um século depois (1885) que Runge, professor da Universidade de Breslau, obteve o primeiro corante sintético, derivado de alcatrão de hulha. Esse corante, de coloração vermelha foi a aurina ou ácido rosólico. Alguns anos antes, Hofmann, célebre pelos trabalhos no campo das anilinas, verificou que a própria anilina dava produtos coloridos quando submetida à determinadas condições experimentais. Em 1856, um dos mais brilhantes discípulos de Hofmann, Willian Henry Perkin, ao oxidar sulfato de anilônio com dicromato de potássio, obteve um corante, de nome mauveína, que se tornou o primeiro corante a ser explorado comercialmente. Três anos depois, foi patenteado na França, um método concernente à oxidação de anilina com SnCl4. No início da década seguinte, Griess obteve, pela primeira vez, um azo corante, classe de compostos que passou a ser utilizada industrialmente a partir de 1911. O mecanismo de fixação de um corante na fibra varia conforme a natureza desta e a do corante. As fibras podem envolver estrutura protéica ou celulósica, ou serem sintéticas, cuja natureza varia conforme o tipo de polímero. Sob o ponto de vista da maneira pela qual os corantes se ligam aos tecidos, podemos classificá-los em diversos grupos.
1. Corantes diretos ou substantivos
Em se tratando, por exemplo, de lã ou seda, ambos de natureza polipeptídica