ORGANIZAÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS - PSICOLOGIA
CURSO DE PSICOLOGIA
ORGANIZAÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS
GEORGIA ALBUQUERQUE
Atividade Estruturada I
A SAÚDE MENTAL INFANTIL DA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA
FORTALEZA
2013
Introdução
Desde sua inserção e maior participação na rede básica de saúde, no final da década de 70, o psicólogo encontra dificuldades referentes ao seu modo de atuação, devido ao contraste entre a realidade apreendida em sala de aula e a realidade social brasileira. Além disso, o próprio conceito da relação saúde/doença é de origem médica e subordina o psicólogo à sua visão predominantemente positivista e à sua autoridade.
A maioria das dificuldades presentes desde o início da participação e atuação do psicólogo na saúde pública foi mantida com a instauração do Sistema Único de Saúde (SUS). Criado em 1988 e calcado em uma concepção social de saúde, o SUS apresenta diretrizes para uma prática que não se limite ao combate de doenças e que opere com base nas suas principais diretrizes: universalidade, integralidade, equidade e participação da comunidade.
Dessa maneira, o SUS abriu um vasto campo de atuação que não se resume apenas ao tratamento de enfermidades, e que expande o papel do profissional da saúde para todos os níveis de atenção e ressalta a importância da prevenção e da promoção da saúde (ANDRADE e SIMON, 2009).
Dentro deste vasto campo, o âmbito da atenção primária foi o mais focado pela psicologia. Esta pode ser definida como a porta de entrada da população no SUS e responsável pela coordenação e integração dos cuidados em saúde (ANDRADE e SIMON, 2009). Este é o nível mais próximo do contexto social e enfoca principalmente a família e os indivíduos em uma ordem primária.
Freire e Pichelli (2010) tratam a questão da atenção primária como sendo um dos principais desafios do SUS na atualidade, pois traz em sua essência os elementos que permitiriam