organização
BRASIL
O Brasil é, fundamentalmente, um global trander com interesses muito diversificados e natural preferência por um sistema multilateral de comércio. O interesse do Brasil em uma inserção na economia mundial vai além do comércio de mercadorias; diz respeito, principalmente , a acesso aos recursos financeiros e à tecnologia, normalmente só encontrados em países desenvolvidos. Por todas essas razões, a integração regional não pode ser senão um complemento limitado à área de bens no quadro de uma inserção brasileira mais ampla no cenário mundial. De qualquer modo, a integração regional não deve se circunscrever ao Mercosul, mas incluir todos os nossos vizinhos da América do Sul, como previsto na iniciativa brasileira de constituição de uma Área de Livre Comércio Sul Americana — ALCSA. O Mercosul, como uma zona de livre comércio em seu estágio final de conformação, pode ser visto como fator mais significativo na notável expansão das exportações brasileiras para seus parceiros. Contudo, a conversão do Mercosul em união aduaneira deverá ser conduzida com cuidado, a fim de evitar que sua tarifa externa comum se transforme em restrição indevida da capacidade do Brasil de formular e executar políticas comerciais e industriais requeridas por seus objetivos de desenvolvimento.
ARGENTINA
Até os anos 50 do século XX, a Argentina era seguramente um dos países mais ricos e prósperos do mundo. Fartamente dotada de produtos de exportação considerados como os mais nobres do comércio internacional - a carne, o couro, a lã, o trigo e o milho - e habitada por uma população de raízes européias tida como a mais culta das três Américas, poucos poderiam então imaginar que ela poderia estar passando pelas dificuldades do presente. Ao redor dos anos 40, o padrão de vida dos portenhos era duas vezes superior ao dos franceses, hoje é ¼ do dos deles. O gradativo declínio econômico das últimas décadas, misturado ao crescente radicalismo político