Organização para inovação na cotonicultura
XV SEMEAD
outubro de 2012 ISSN 2177-3866
Organização para inovação genética na cotonicultura
AUTORA DANIELA DE MORAES AVIANI Universidade de São Paulo daniela.aviani@terra.br RESUMO: Incentivados pela perspectiva econômica favorável dos produtos agrícolas, os próprios agricultores assumem, por vezes, o papel de inovadores, e passam a financiar pesquisas para geração de tecnologia, tal como fazem, historicamente no Brasil, as instituições públicas. A cultura do algodão no Brasil passou por períodos de instabilidade depois de haver atingido posto de principal produto agrícola, nos anos 1930. Passada a crise, o sistema de cultivo foi redesenhado pelas mãos das organizações de produtores. A fim de elevar a produtividade das lavouras, adaptá-las a diferentes condições climáticas, aperfeiçoar o sistema de manejo, criar resistência a pragas e adequar-se às exigências do mercado, a introdução de novas cultivares é uma das estratégias consideradas mais eficazes. Dessa forma, observa-se que algumas organizações de produtores têm realizado elevados investimentos no melhoramento genético. A partir de informações sobre o ritmo de lançamento de cultivares no mercado e o potencial de produção de sementes no país, buscou-se, através desse estudo, analisar a eficiência da estratégia dessas organizações comparando-as com empresas públicas e privadas que atuam no mesmo segmento. Os resultados demonstram que as organizações têm cumprido com o papel de abastecer o mercado com novas variedades vegetais, inclusive com nível de competitividade comparável às empresas atuantes no mercado de melhoramento genético de algodão. PALAVRAS-CHAVE: estratégia, organização, inovação ABSTRACT: Encouraged by a favorable economic situation, farmers can play the role of innovators sponsoring research on technology, like public institutions have done historically in Brazil. The cotton growth in Brazil has gone through instability periods after reached in the 1930s the