organização na administração
O livro de March e Simon – Teoria das Organizações marca a passagem da teoria da administração para a teoria das organizações, isto é, a tentativa de estudar o sistema social em que a administração se exerce, tendo como objetivo sua maior eficiência, diante das determinações estruturais e comportamentais. Esse trabalho é uma tentativa de aplicar o método científico, desenvolvido nas ciências humanas e sociais às ideias de Chester Barnard e de Max Weber. A escola de pensamento baseada na contribuição de Simon ficou conhecida como behaviorismo, principalmente por causa da influência da corrente psicológica de Watson, Allport, Miller e Dollard, embora haja diferenças consideráveis, principalmente quanto à aplicação do conceito de estímulo aos contextos organizacionais.
Os autores se baseiam em diversas pesquisas de campo na área da psicologia social, da sociologia e da ciência política, e concluem pela não existência comprovada de uma relação simples e constante entre moral e satisfação e entre coesão e produtividade. Moral elevado não conduz necessariamente a alta produtividade e não leva necessariamente a uma maior produtividade do que moral baixo. Para os autores, o comportamento no trabalho parece ser mais motivado pela percepção de relações entre condições futuras e as alternativas atuais ( a decisão de participar ou não da organização e as alternativas que se abrem ao indivíduo) do que pelas condições atuais propriamente ditas.
A confusão entre moral e produtividade está relacionada à não distinção entre a decisão de participar ou não da organização e a segunda decisão refere-se a produzir ou não na escala exigida pela administração.
A organização é concebida como uma rede de tomada de decisões e sua eficiência vai depender da articulação de diversos fatores estruturais e comportamentais. Simon estuda o processo decisório e principalmente os limites da racionalidade. Observa que ao tomar decisão, o indivíduo raramente