organização do espaço brasileiro
Texto: 03
Título: A perda da centralidade
Autor: LESSA, C.
O Rio de Janeiro perdeu aos poucos e de forma quase que imperceptível seu prestígio, porém isso se acentuou em 1960 com a transferência da capital nacional para a recém construída cidade de Brasília, assim marcando uma evolução político-institucional. Da mesma forma, perde relativamente sua importância econômica transferindo a para São Paulo, isso impulsionado pelo Plano de Metas de Jucelino Kubitschek. Durante a década de 1960 o Rio de Janeiro teve uma forte produção cultural, com o sucesso da bossa nova e o cinema novo, assim disfarçando esse declínio progressivo de seu prestígio, na mesma década, com a transferência da capital nacional, Guanabara recebe o status de estado da Federação, porém em 1975 durante a ditadura ela é anexada ao Rio de Janeiro, e nesse período, a cidade de São Paulo já estava fixada como o principal pólo econômico brasileiro, e o Rio de Janeiro limitou se principalmente à construção naval e pouco mais, já no interior do estado instalou-se a Companhia Siderúrgica Nacional, a Fábrica Nacional de Motores, a Companhia Nacional de Álcalis e a Refinaria Duque de Caxias, sendo que essas indústrias foram instaladas para suavizar a hegemonia econômica de São Paulo. Houve uma política para o desenvolvimento de Guanabara, sendo está política voltada para a industrialização, sendo que foi detectado que o atraso da industrialização local era motivada pelos elevados preços do terreno, com isso foi formulada a proposta de instalação de distritos industriais, com terrenos adequados e baratos e também foi criada uma companhia de fomento, a Copeg, tendo como inspiração o BNDE, nos anos de 1970 já eram nove distritos instalados no Rio de Janeiro, porém não ocorreu o planejado, e este plano atraiu poucas empresas e apenas realocou industrias já presentes na região. Já no governo de Geisel, com o II PND, reservou-se para o Rio de Janeiro o