Organização de eventos esportivos
O lazer, os espaços e equipamentos de lazer não são entendidos como essenciais e não têm a atenção necessária, nem lhes é atribuída a importância real numa política de administração urbana, além de ser um dos elementos pouco reivindicados pela população, pelo menos organizadamente. Essa constatação aparece quando percorremos várias cidades do Vale do Rio Pardo e notamos a escassez, o descuido e a inadequação de muitos espaços públicos destinados ao uso do lazer.
Segundo Marcellino, citado por Pellegrin (1996, p. 33):
“O lazer possui um caráter “revolucionário”, pois é no tempo de lazer, onde procuram a vivência de algumas coisas pela escolha e satisfação, encontro com pessoas, com o “novo” e o “diferente”, que se encontram possibilidades de questionamento dos valores da estrutura social, e das relações entre sociedades e espaço”.
O espaço de lazer tem uma importância social, por ser um espaço de encontro e de convívio. Através desse convívio, pode acontecer a tomada de consciência, o despertar da pessoa para descobrir que os espaços urbanos equipados, conservados e principalmente animados para o lazer são indispensáveis para uma vida melhor para todos e se constituem em um direito dos brasileiros.
Segundo Bramante (1995, p. 14):
“a passividade da população que não cobra (e que tantas vezes não está preparada para cobrar) do governo ações consistentes para o setor, redundam em frágeis políticas de lazer, tanto no nível federal, como no estadual e no municipal”.
A passividade, acarretada pelo emprego de políticas paternalistas na área do lazer, desenvolve nas pessoas a espera pela solução dos problemas. A forma de governar através dos gabinetes não desenvolve uma metodologia de ação comunitária, que não assume o compromisso de educar para e pelo o lazer, leva a não preparar a população para exercer sua cidadania.
A análise sobre a questão espacial do lazer, sua problemática em relação a tempo, atitude e espaço dentro da sociedade contemporânea e