Organização da Copa do Mundo
Um dos maiores desafios do próximo presidente brasileiro é a organização da Copa do Mundo de Futebol de 2014. O Brasil já é o país-sede mais atrasado na preparação para a Copa das Confederações, competição que serve de teste e acontece um ano antes da abertura do Mundial. Em cinco (Curitiba, São Paulo, Recife, Natal e Fortaleza) das 12 capitais escolhidas pela FIFA para sediar jogos, as obras dos estádios ainda não começaram.
A situação indefinida mais emblemática é a de São Paulo. A capital econômica brasileira, que reivindica a realização do jogo de abertura da Copa 2014, nem sequer definiu o estádio que a cidade apresentará como arena. Itaquera, Pacaembu, Palestra Itália... “O estádio que está mais próximo de poder iniciar as obras, em relação às reformas, é o Morumbi. Não há mais tempo de fazer em outro lugar”, defende o engenheiro paulistano Luiz Célio Bottura.
Polêmico, o engenheiro acredita que a FIFA não leva em conta a realidade brasileira. “As exigências da FIFA são muito abrangentes. Elas têm como padrão a vivência, a infraestrutura e a renda européias”, afirma. “Não critico a cultura européia, claro, mas critico a FIFA que tem na Copa do Mundo um grande negócio e não abre mão dos seus lucros. Com isso, torna complexa a realização do evento”, acrescenta.
Em relação a ser a sede do jogo de abertura do Mundial, Luiz Célio Bottura diz que não é a cidade de São Paulo que precisa da partida inicial, mas é a FIFA e a CBF que necessitam da capital paulista. “Se eles precisam da riqueza paulistana para ganhar mais dinheiro, então, que eles antecipem um pouco desse montante para o estádio”, coloca.
“O mundo aceitaria um fiasco da África do Sul, pois é um país subdesenvolvido, com uma série de outros problemas, mas nós já somos um país pretendente ser desenvolvido e não podemos passar esse fiasco mundial, senão vamos perder a credibilidade internacional”, conclui o engenheiro Luiz Célio Bottura.
Brasília sonha em abrir o