organizacional
Assim como o ar, que não se vê, mas percebe-se sua presença pelo mover das folhas das árvores, a cultura organizacional certamente é algo intangível, entretanto a sua existência é notada por sua influência nos acontecimentos organizacionais.
A cultura faz menção aos sistemas, processos e expectativas comportamentais históricas, que por conseqüência direta e indireta influenciam todos aspectos da organização (MAYO, 2003).
O tema da cultura organizacional surgiu dentro do campo da teoria das organizações na década de 80 no contexto norte-americano e virou moda, como artigo de vestuário organizacional. Nesse período, revistas conceituadas no campo da teoria organizacional publicaram números especiais sobre o assunto, universidades americanas promoveram diversos programas, conferências e simpósios focados em cultura organizacional e muitos artigos e livros foram publicados.
Diversas são as causas levantadas para o interesse sobre cultura organizacional na década de 80. Entre as mais importantes estão o declínio da produtividade norte-americana e ganho da competitividade dos modelos japoneses de negócios nessa década – época do milagre japonês. O sucesso das técnicas japonesas levou à idéia de que as diferenças culturais entre as sociedades – no caso, a americana e a japonesa – poderiam constituir um elemento importante para alcance de uma performance melhor, a necessidade de respostas a problemas práticos identificados no âmbito gerencial e a necessidade de um “contra-ataque” a problemas de desintegração da sociedade em função da fragmentação e da heterogeneidade de padrões culturais no período.
O tema da cultura tornou-se bastante popular à partir esta década tanto na esfera acadêmica quanto na gerencial. A cultura organizacional foi tida como a “arma secreta” para obtenção de vantagem competitiva e de sucesso organizacional. Essa noção contribuiu para reforçar a idéia de que uma cultura organizacional sólida, compartilhada e