ORDEM SOCIAL
Convivemos com um período histórico particularmente difícil para o mundo do trabalho.
A democracia liberal reduzida a um caráter formal e a economia de mercado global acima da política de sentido público e das necessidades humanas, têm determinado fenômenos sociais como o acirramento das contradições e conflitos sociais, a busca pelas soluções individuais, a desideologização do debate político e o avanço do relativismo, do irracionalismo e do niilismo na sociedade atual. O cinismo percorre o pensamento e a ação social de grande parte dos indivíduos e grupos sociais que têm conservado o acesso privilegiado aos bens materiais e culturais. Legitimam e justificam, de forma ativa ou passiva, direta ou indireta, explícita ou implícita, a democracia liberal formal e a economia de mercado global, arquitetas do fascismo social em curso em todo o mundo. O presente texto pretende-se uma contribuição de caráter introdutório, no âmbito de temas sociológicos e históricos, no sentido de proporcionar uma instrumentação teórica e metodológica de abordagem crítica da realidade atual. O enfoque buscará uma abordagem de totalidade da realidade a partir do mundo do trabalho. O presente texto pretende-se constituir em um caderno didático básico e disponível eletronicamente, voltado para a disciplina Sociologia em Organização e Ordem social enquanto material didático.
Vive-se ainda num contexto patrimonialista, onde as relações humanas são marcadas pela instrumentalidade e a idéia de tirar vantagem sobre o outro reproduz-se na sociedade. A pobreza a violência e a miséria humana assusta os habitantes no planeta terra. Segundo o Relatório da UNESCO 2007 já somos mais de 6 bilhões de pessoas, aproximadamente 209 milhões de pobres e 81 milhões de indigentes, correspondendo aproximadamente a 48% da população que habita o mundo.
Esta práxis entre o estado e a sociedade tem produzido um terrível hábito secular,