Ordem social capitalista no brasil império: perpetuando a belle époque
Karina Fernandes Daniel**
RESUMO:
O presente trabalho busca retratar as causas recorrentes da vinda da família real para o Brasil, levando em consideração as mudanças sociais e politicas que vieram acompanhadas de uma suposta modernidade e desenvolvimento do país, descrevendo as consequências de um possível progresso, o preço cobrado por ele e pago pela sociedade que se viu obrigada a se submeter para que as vontades da corte fossem supridas.
Palavras chave:
Capitalismo, modernidade e acúmulo de capital.
INTRODUÇÃO
Em termos gerais, podemos conceituar a Belle Époque como um período de grandes transformações na história cultural e artística na Europa do século XIX. Invenções tecnológicas, expansão da cultura e desenvolvimento intelectual podem caracterizar, aparentemente, um período de paz e estabilidade politica para a elite burguesa que, mesmo promovendo uma incrível alienação na classe trabalhadora, merece destaque, conforme Berman (1986), ao mostrar os possíveis bem feitos que suas condições, ao implantar a industrialização, trouxeram para a sociedade, incrementando a característica moderna da época. Primeiramente Berman (1986) discorre sobre a ação da burguesia em serem “os primeiros a mostrar do que a atividade humana é capaz” (1986, p. 91). O esforço e a determinação de promover mudanças na tecnologia que prosseguem até os dias atuais, mesmo que com a exploração do trabalho. Tal necessidade de modernidade visa apenas uma única atividade que de fato importa à burguesia: a vontade de fazer dinheiro, acumular capital. Eis o que caracteriza o período de paz e estabilidade politica para a classe dominante.
O gosto pela arte e a facilidade de consumo definia o padrão de comportamento social. Observa-se ainda a estrutura do espaço urbano que passa a ser completamente reformada para se adaptar ao novo gosto da sociedade, e de modo direto, emerge uma nova forma de dominação