Orações
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO EXERCÍCIOS
Quando saiu de casa, tinha todo o dia organizado embora subsistissem algumas dúvidas e incertezas, que vagueavam justas na sua mente. Apesar de os primeiros passos lhe começarem a trazer alguma insegurança, imediatamente a dissipava como se quisesse esquecê-la. Depois de terminarem as aulas da manhã, iria de autocarro para o Conservatório. Aquela audição poderia ser o início de um sonho ou o seu fim. Sentia-se tão preparada que via as suas mãos a percorrerem o teclado do piano e as notas da pauta a dançarem sorridentes sobre os dedos. Passara os últimos meses a tocar as obras fundamentais para que aquela audição corresse bem, a pensar que seria aquele momento que lhe abriria as portas do futuro. Perguntava-me muitas vezes se teria a força necessária, mas sempre a encontrava no som vibrante das cordas marteladas do piano que tinha na sala. Como (causal) estava tão determinada, este era o caminho.
Se a manhã não tivesse sido sombria de tão ansiosa por chover, a tarde não poderia querer sorrir-lhe. Mas sorriu, pois o Sol estava cansado de tantas nuvens. O momento de entrar no Conservatório e de se sentar ao piano cavalgou tensamente nos passos que deixou no jardim. Respirou fundo, começou a tocar (or. coordenada copulativa assindética). As notas espalhavam-se pela sala e pelos rostos fechados dos elementos do júri. Aqueles minutos sentiu-os nas pontas dos dedos e com os olhos fechados. Tinha escolhido o caminho, por isso era seu… Logo que (temporal) terminou a audição, respirou fundo novamente e sorriu. Pediu licença e ausentou-se da sala, desejada por um corredor de gente nervosa. Saiu do edifício e foi sentar-se num dos bancos do jardim onde tinha perdido muitos passos antes de entrar no Conservatório. Não perdeu o sorriso. Sabia que tinha corrido tudo como esperava. Regressou