Oração aos Moços
Questões para interpretação – Oração aos Moços – Rui Barbosa:
1) Justifique as razões pelas quais o texto, hoje, é visto como uma obra escrita dentro da norma culta da língua. Aponte dois exemplos:
O texto é um discurso de formatura de desejos profundos de Rui Barbosa, para com seus afilhados.
Como paraninfo da turma de Direito da Faculdade de Direito de São Paulo, em 1921, sendo para os formandos de curso superior a mensagem, um dos pré-requisitos deste curso é saber falar e se expressar corretamente. Mesmo havendo algumas palavras categóricas, há passagens pela linguagem coloquial. Mostra aspectos emotivos, fáticos, poéticos, metalinguísticos, conativos e referenciais.
Exemplo 1: “O gênio dos anexins, aí, vai longe de andar certo. Esse prolóquio tem mais malícia que ciência, mais Epigrama que justiça, mais engenho que filosofia”.
Exemplo 2: “Entre vós, porém, moços, que me estais escutando, ainda brilha em toda a sua rutilância o clarão da lâmpada sagrada, ainda arde em toda a sua energia o centro de calor, a que se aquece a essência d’alma. Vosso coração, pois, ainda estará incontaminado; e Deus assim o preserve”.
2) Destaque um exemplo (retirado do texto) de cada uma das funções da linguagem (emotiva, referencial, conativa, fática, poética, metalinguística):
Emotiva: “Não quis Deus que os meus cinquenta anos de consagração ao Direito viessem receber no templo do seu ensino em S. Paulo o selo de uma grande bênção, associando−se hoje com a vossa admissão ao nosso sacerdócio, na solenidade imponente dos votos, em que o ides esposar”.
Referencial: “Ora, senhores bacharelandos, pesai bem que vos ides consagrar à lei, num país onde a lei absolutamente não exprime o consentimento da maioria, onde são as minorias, as oligarquias mais acanhadas, mais impopulares e menos respeitáveis, as que põem, e dispõem, as que mandam, e desmandam em tudo; a saber: num país, onde, verdadeiramente, não há lei, não o há, moral,