ORATORIA
O poder da palavra sempre exerceu um papel preponderante em todos os momentos da vida em sociedade, seja na realidade política ou no exercício do direito, seja no espaço da religião ou da ciência. As grandes decisões políticas, as discussões filosóficas e religiosas, as controvérsias científicas e os embates judiciais configuram situações em que a prática apurada da expressão verbal tem demonstrado sua importância e influência. Não pelo simples falar ou comunicar do cotidiano, mas pelo exprimir com clareza, coerência e vigor, em busca de fazer predominar um pensamento, idéia ou opinião enquanto posições verdadeiras, aceitáveis, úteis ou vantajosas.
A retórica corresponde à formulação de um pensamento através da fala e por isso depende em grande parte da capacidade mental do orador. A retórica pode ser praticada e por isso era ensinada em várias escolas da Antiguidade, que abordavam a retórica e os seus diferentes estilos, que se alteram dependendo do tipo de discurso em questão.
A oratória, nos tempos da democracia na Grécia antiga, abordava tanto o falar bem, quanto a argumentação e o convencimento. No entanto, com ascensão do Império Romano, ela foi se transformando em um compêndio de técnicas para se falar “bonito”, uma vez que a argumentação e o debate político não existiam no regime autoritário do Império. A persuasão e o debate de ideias, então, ficaram em um outro plano, a retórica.
A expressão poder de persuasão remete para a capacidade de alguém para persuadir outras pessoas. A persuasão é uma