ORALIDADE E ESCRITA
Mesmo sendo o uso da forma oral mais abrangente que o da escrita não significa que um é mais importante que o outro, já que nos utilizamos de ambas para expressar nosso raciocínio: exposição formal e informal, variações estilísticas e sociais. A Oralidade é adquirida nas relações sociais do nosso dia-a-dia, desde o nosso nascimento. Somos participantes de situações sociais e, cabe a nós nos comportamos de modo diferente em cada situação comunicativa. O contexto é que determina o tipo de linguagem que devemos utilizar. Por isso, a prática da oralidade é uma forma de inclusão cultural e de socialização.
O aluno que chega à escola tem internalizado um conhecimento linguístico, uma variante que não é a de prestigio social, mas faz parte de sua história. Portanto, não se trata de falar de maneira errada, mas um domínio de linguagem inadequada para o uso em situações formais (apresentações, entrevistas, etc). Essa é uma questão que o professor deveria refletir, dando na sua formação como no exercicio da profissão, para entender certas marcas na escrita inicial da criança. É compreensível que a criança, ao conhecer o processo de escrita, transfira para o papel certas marcas de sua própria variedade de linguagem, que muitas vezes não possuí prestígio social. Logo, cabe à escola respeitar esse processo, e a partir dele ensinar a variedade padrão, dando ao aluno um prestígio social. O grande erro das escola hoje (pelo menos das escolas brasileira) e o de querer transformar o aluno de monolíngue no seu dialeto, a monolíngue no dialeto padrão, mas o dever da escola é – e sempre será – o de transformar o aluno em poliglota no seu próprio idioma. Dando a ele um conhecimento internalizado que o possibilitará uma adptação às diversas situações de comunicação. Resguardadas essas questões, a sala de aula deve transformar-se no espaço em que a linguagem é usada de maneira efetiva.
O processo da escrita é fruto de um aprendizado escolar, num contexto mais