Optica
Prof. Luiz Ferraz Netto leobarretos@uol.com.br luizferraz.netto@gmail.com
Desde a Idade Antiga, já se conheciam vários fenômenos da óptica geométrica. Na Assíria, havia a lente de cristal e, na Grécia, já se usava a lente de vidro para obter o fogo. Há também uma descrição sobre espelhos esféricos e parabólicos que se deve, talvez, a Euclides. Ptolomeu obteve a lei da refração para o caso de ângulo de incidência pequeno. Entre as obras da época romana, existe uma que indica a semelhança entre as cores do arco-íris e as vistas na margem de vidros.
Na Idade Média apareceram alguns trabalhos excelentes do ponto de vista da descrição classificada, como, por exemplo, o de R. Bacon (1214?- 1294), porém quase não havia desenvolvimento científico.
Na Renascença, observaram-se vários progressos tecnológicos, como as invenções de diversos aparelhos ópticos. O telescópio foi inventado por Lippershey (1570-1619) em 1608 e o microscópio por Jansen, na mesma época.
O estudo da luz assumiu caráter científico no século XVII e progrediu rapidamente. Snell (1591-1626) descobriu a lei da refração na sua forma exata. Fermat (1601-1665) demonstrou que se podia deduzi-la a partir do princípio geral do caminho percorrido em tempo mínimo. Entretanto o trabalho mais importante dessa época seria a medição da velocidade da luz. A primeira tentativa foi feita por Galileu, mas não obteve êxito porque mediu o tempo de ida e volta da luz entre dois pontos cuja distância era somente algumas milhas. O primeiro valor foi obtido por Römer (1644-1710), em 1676, pelas observações dos tempos de início do eclipse lunar de Júpiter. Considerando a velocidade da luz finita, na posição em que a Terra está mais afastada de Júpiter, o início do eclipse lunar de Júpiter deve ser observado num tempo posterior ao valor calculado a partir do período de translação desse satélite. Por intermédio dessa observação, ele obteve c = 2 X 1010 cm/s. [Bradley (1693-1762) obteve, em