Oportunidades e ameaças presentes no cenario global
O educar precisa garantir uma ação educativa consistente, considerando as especificidades da faixa etária, pois é nos primeiros anos de vida que se instala, de forma marcante, a relação da criança com o conhecimento, nesse sentido, desde cedo à criança deve apropriar-se do conjunto de informações próprias da sua cultura, ampliando seus conhecimentos e experiências, para que se constitua como cidadã na sociedade contemporânea.
OPORTUNIDADES E AMEAÇAS PRESENTES NO CENARIO GLOBAL
Da Revolução Industrial nasceu a criança operária, potencial vítima das transformações econômicas, sociais e familiares impulsionadas pela referida revolução. A sua mão de obra era aproveitada e assumia-se muitas vezes como fundamental na manutenção econômica do agregado familiar.
A criança operária somente adquiriu visibilidade social quando os movimentos filantrópicos iniciaram campanhas de denúncia e sensibilização relativas às condições subumanas em que estas crianças sobreviviam. Dos movimentos filantrópicos torna-se visível, em meados do século XIX, uma nova concepção de criança: a criança delinqüente.
Elas assumem-se como o rosto visível das deficiências de uma precoce escola da vida assumido pela fábrica.
A realidade social da infância resulta decididamente mais complexa: primeiramente, articulada em classes, com a presença de ao menos três modelos de infância convivendo ao mesmo tempo; de outro lado, é um percurso que vai da codificação do cuidado à mitificação da infância precoce, e relativa autonomia que estas crianças operárias adquiriam, as prematuras abandono a si próprias, resultava muitas vezes em situações de vadiagem e delinqüência e contribuiu assim para que mais uma nova concepção de criança torna-se socialmente visível.
Durante os séculos XVIII e XIX, com os contributivos médicos e psicológicos, surge uma nova concepção de criança: a criança médico-psicológico.
Ela é o resultado de graduais e significativos investimentos na preocupação de