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O poder nas organizações
Carlos Magno Torres.

As organizações se desenvolvem em um ambiente dinâmico, em que os interesses se evidenciam nas mudanças dos indivíduos, dos grupos, da própria organização e da sociedade. Tais interesses, que são motivados pela busca do poder, muitas vezes, são ameaçados pelos conflitos e lutas. Esse jogo, que é uma disputa, tem na comunicação um instrumento de poder, pois oferece processos decisórios, para assegurar sua sobrevivência, diante da complexidade atual (MINTZBERG, 1992).

O autor mostra que o poder é manifestado nos movimentos da organização, o que afeta os seus resultados. As manifestações ocorrem em função das ações que entre si exercem as coalizões interna e externas, tendo como objeto a configuração de poder organizacional. Na coalizão externa estariam os elementos de fora da organização – proprietários, associados, associações de empregados, sindicatos e públicos que os cercam – mas que exercem domínio tanto nas regras do jogo quanto na divisão interna organizacional. Já na coalizão interna estariam os funcionários que possuem voz ativa, os quais, por possuírem tal atributo, encarregam-se de tomar decisões e executar ações em base regular e permanente
(MINTZBERG, 1992).

Os sistemas ideológicos, desenvolvidos pelo fundador da organização, com base nas tradições históricas organizacionais, são reforçados por meio de recompensas, premiações e evocações destinadas a seus funcionários. Esses sistemas, por especialização, conduzem os funcionários à detenção do conhecimento para realizar trabalhos complexos e, além disso, produzem as configurações de poder organizacional.
A seguir, são apresentados, de forma resumida, os citados sistemas e suas respectivas configurações de poder organizacional, segundo Mintzberg (1992):

Instrumento – Baseia-se no controle burocrático de autoridade partidária. Pode o poder ser instrumentalizado por um indivíduo ou por um grupo dominante, dentro ou fora da organização; Sistema