Operação de dressagem
A dressagem é considerada por diversos autores como diretamente responsável pela topografia dos rebolos, um dos fatores de maior importância na formação de cavaco durante as operações de retificação. A vida do rebolo, o tempo de ciclo de retificação e a qualidade final da peça são os itens mais afetados pela operação de dressagem (Marinelli et al., 1998).
A operação conjunta de perfilamento e afiação dos rebolos convencionais na retificação é denominada dressagem (Sena, 2007; Marinescu et al., 2007). Após a fabricação e uso, ferramentas para retificação não se encontram em condições normais para nova utilização. Podem apresentar gumes cegos, não estar numa forma desejada e os poros podem estar impregnados de cavaco, de modo que a absorção de novos cavacos com sucessiva remoção de material fica dificultada. Isto resulta em um atrito excessivo e, consequentemente, uma geração de calor muito grande para a peça. Na operação de dressagem são utilizados diversos tipos de ferramentas denominadas dressadores, ou retificadores, que incluem: cortadores metálicos
(rosetas), bastões retificadores, rodas retificadoras, pontas simples de diamante, dressadores de diamantes múltiplos e em matriz, roletes estacionários e giratórios de diamante e roletes de esmagamento. Cada tipo apresenta vantagens específicas.
As principais finalidades da operação de dressagem são: obtenção de concentricidade da face de trabalho do rebolo com o eixo de rotação; perfilhamento da face de trabalho do rebolo para uma operação de forma; arrancamento dos grãos abrasivos gastos para melhorar a agressividade da face de trabalho do rebolo.
Segundo Hassui (2002), a definição do momento correto de dressagem do rebolo é fundamental no processo de retificação. Isso pode ser feito de maneira conservadora, ou seja, antes do fim da vida do rebolo. Desta forma, ocorrerá um desperdício de abrasivo e principalmente, um aumento do tempo de processo, pelo maior número de dressagens