Operação Condor: hegemonia estadunidense e as ditaduras do Cone Sul -Resumo
É preciso entender a política externa estadunidense em relação à América Latina na Guerra Fria. O cuidado para evitar a perca da hegemonia estadunidense fez os EUA combaterem quaisquer ameaças aos seus interesses no continente. A partir da depressão de 1929, a batalha contra as ameaças externas na América do Sul deixou de ser em modo de coerção, já que foi ficando cada vez mais cara esta política, e passou a ser de cooperação com a Política da Boa Vizinhança. Mesmo deixando a América Latina um pouco de lado depois da Segunda Guerra Mundial, os EUA não abandonaram o continente, continuam com sua política de aproximação e cooperação, de acordo com seus interesses, mas não passa disso, e a eficiência das medidas adotadas que poderiam beneficiar os países do Sul deixava a desejar, o que ocasionou uma aproximação, dos latino-americanos, ao comunismo. Em anos de Guerra Fria, ter o Brasil, a Argentina e o Chile flertando com o comunismo era nada interessante para os EUA, que apoiaram golpes de regimes militares não só nestes países, mas em qualquer um do continente que estivesse sob ameaça comunista, procurando fazer da América um grande exército anticomunista, pronto para combater onde e quando fosse necessário.
Depois da Revolução Castrista a intensidade e a necessidade de uma melhor eficiência nessa contenção ao avanço comunista no continente foi ficando cada vez mais gritante para os EUA, que, com a Aliança para o Progresso, procuram “levantar” os países latino-americanos com ajuda econômica, fazendo, de certo