oooo
19
A narrativa inicia-se com a viagem marítima dos portugueses. Estes encontravam-se já em pleno oceano Índico (in medias res), os ventos sopravam de feição e as naus iam cortando as ondas...
20
Os deuses reuniram-se no Olimpo para discutirem “as cousas futuras do Oriente). Atravessaram a Via Láctea, convocados, da parte de Júpiter, pelo jovem Mercúrio.
21
Os deuses que, têm o governo dos sete céus, reuniram-se todos, vindos do Norte, do Sul, do Oriente e do Ocidente.
22
Estava o pai dos deuses, Júpiter, sentado num trono feito de estrelas; a sua atitude era tão digna, sublime, e o aspecto era tão alto, severo e soberano que tornaria divino qualquer ser humano. A coroa e o ceptro eram feitos de pedras mais brilhantes que o diamante.
23
Os deuses estavam sentados, em cadeiras marchetadas de ouro e de pérolas, de acordo com a sua hierarquia: primeiro os mais antigos e honrados e depois os mais jovens, quando Júpiter começou a falar com uma voz forte e firme.
24
Júpiter começou por saudar os presentes e passou seguidamente ao assunto, o “valor da forte gente de Luso”, os Portugueses, dizendo que os Fados determinaram que a sua fama faça esquecer a de antigos impérios: “De Assírios, Persas, Gregos e Romanos”.
25
Referiu-se ao passado glorioso dos Lusos mencionando as suas vitórias contra os mouros, na reconquista cristã, e os castelhanos na luta pela manutenção da independência e paz com Castela, salientando a desigualdade entre os exércitos.
26
Recuando mais no tempo, salientou a resistência lusitana frente aos romanos com Viriato e Sertório, que era romano e que acabou por comandar batalhas contra os romanos.
27
Alertou por fim os deuses para o presente dos Lusos: estes desafiam o mar desconhecido em pequenas embarcações “não temendo” a força dos ventos, determinados em chegar à Índia.
28
Os Fados já determinaram que os portugueses dominarão o Oceano Índico durante muito tempo. Já