onu e suas macaquices
A origem da maldade humana intriga os religiosos. Alguns teólogos julgam que o mal é a mão esquerda de Deus. Mas esta afirmação não satisfaz e provoca outras questões: Se Deus é a origem da bondade ou a própria bondade, como surge a maldade entre os homens? Se Deus é a própria bondade, como pode o mal existir?
A questão da maldade humana sempre despertou curiosidade. Santo Agostinho (354-430 d.C.) defendeu a ideia de que o mal, como substância ou como ser, não existe. O que apenas existe é o Bem. Para ele, não pode haver duas forças, de mesma intensidade e distintas governando o mundo. Só uma força opera: o Bem. Ora, se o mal não existe, como pode o homem agir maldosamente? Ele é taxativo, “quando o homem se afasta do Bem (Deus), fica um vazio, que é tomado pela maldade. Assim, o mal é a ausência do bem.”
Na era moderna, surgiram três grandes filósofos políticos, os britânicos Thomas Hobbes (1588-1679 e John Locke (1632-1704) e o suíço Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Os chamados contratualistas. Eles, com suas idéias inovadoras, revolucionaram o pensamento político, se opondo ao Aristóteles, filósofo grego que viveu no séc. III a. C., que afirmava de que o homem era naturalmente sociável, isto é, o homem é animal político. Já os contratualistas defendem que os homens vivem em sociedade por um pacto, e não naturalmente.
O pacto ou contrato social, entre os homens, se dá por concordância geral. Hobbes dizia que o homem no estado natural é mau. Como cada um é uma ameaça a outros, e não sabe o que o outro é capaz de fazer com ele, todos vivem em guerra com todos. Então, o homem decide abaixar a sua espada e dar ao grande Leviatã, que terá a incumbência de proteger a sua vida. Assim, foi criado o Estado. Sem um Estado soberano, o homem mostra a sua garra. Pode até criar uma República paralela.
Locke defendeu a doutrina de que o homem não é nem mau e nem bom. Ao nascer, como uma tábula rasa. Como, por contrato, passou a viver em