Ontologia - Resumo
A origem grega do conceito de Paidéia entende-se como a busca do sentido de uma teoria consciente da educação e do agir do homem em sociedade. A educação ética e política é o traço fundamental da essência da verdadeira Paidéia. A educação é assumida como ação consciente. Para os gregos é a manifestação do esforço constante do pensamento para conseguirem uma expressão normativa da forma de homem.
Na Grécia antiga também, pela primeira vez, o pensamento científico e filosófico tornou-se abstrato e surgem tentativas de explicar racionalmente o mundo, em contraposição às explicações míticas produzidas. Mas, é impossível distinguir o pensamento mítico do racional.
Desde os primórdios, a Filosofia, busca do saber, é entendida como um discurso racional que surgiu para se contrapor ao modelo mítico desenvolvido na Grécia Antiga e que serviu como base de sua Paidéia (educação). Já o mito opõe-se ao pensamento racional.
Foi somente a partir de determinadas condições (a criação da democracia que preconizava o uso da palavra, bem como a publicidade das leis, por exemplo) que o modelo mítico foi sendo questionado e substituído por uma forma de pensar que exigia outros critérios para a criação de argumentos. Surge a Filosofia como busca de um conhecimento racional, sistemático e com validade universal.
Podemos afirmar que foi a primeira corrente de pensamento, surgida na Grécia Antiga por volta do século VI a. C. Os filósofos que viveram antes de Sócrates se preocupavam muito com o Universo e com os fenômenos da natureza. Buscavam explicar tudo através da razão e do conhecimento científico. Podemos citar, nesse contexto, os físicos Tales de Mileto, Anaximandro e Heráclito.