Onibus 174 Parada Para Reflex O
Através de um documentário imparcial, José Padilha buscou o real com foque na mídia brasileira, na qual ganhou prêmios como o de melhor documentário no Festival de Havana e no Emmy Awards em 2003. Não houve esforço na divulgação por meios de comunicação em massa, pois mostra a forma inconveniente em que mídia se impõe o tempo todo, além desse documentário despertar no publico a sensação de “Em que mundo estávamos o tempo todo”? “Por quem estamos sendo norteados”?
A intenção da escolha desse tema é incomodar assim como fomos incomodados, convidando ao questionamento, mas não ao cômodo, mas sim ao incômodo questionamento da busca pela real verdade. Tal verdade que se encontrará na contradição humana com nossos pensamentos voltados para a dialética, procurando na práxis a teoria crítica na sua essência proposta pelos teóricos de Frankfurt, em especial por Max Horkheimer.
Teoria que busca viver a racionalidade em meio à dialética para achar luz ao caos que vem sendo mascarado ridiculamente, caos que procuramos deixar de lado e fingir que não está acontecendo. Somos tratados como tolos, nos chegam informações por todos os lados e muitas vezes manipuladas por puro poder, e nós apenas digerimos sem muita crítica no cômodo sofá na fácil maneira apensante de se viver.
Na ocasião, Sandro foi tachado de vilão, um transtornado ameaçando pessoas, porém, não houve buscas pela verdade de fato devido a nossa sociedade sempre buscar uma resposta rápida. Através disso, a mídia se favorece e reforça essa questão de “Resposta rápida”, pois é de grande valia para ela ter indivíduos que não se questionam e que buscam o mais superficial possível da história. Com indivíduos assim ela pode vender, comprar e dominar como quiser, esse jogo de poder esquece que o homem é um ser imprevisível e pode ser manipulado de fato quando se quer deixar manipular.
Existem milhares de “Sandros da vida”, que como Sandro, vivem a margem de tudo esquecidos pela sociedade, pois são