Ondas 04 05 Cap5
5 Fibras ópticas
5.1 Introdução
O grande interesse na comunicação por fibras ópticas surgiu em 1960 com o aparecimento do laser, que permitiu uma fonte óptica coerente. Como as frequências ópticas se encontram na ordem dos 5 × 1014 Hz, o laser dispõe de uma capacidade de informação teórica que excede a dos sistemas de micro-ondas por um factor de 105, ou seja, aproximadamente 10 milhões de canais de televisão.
Contudo, o ar não se mostrou um bom meio de transmissão para a tecnologia óptica, como para as micro-ondas, devido às limitações que esse canal – o ar – impõe por causa da chuva, da neve ou das poeiras que inviabilizam um sistema óptico que seja rápido e barato. Já as fibras ópticas fornecem um canal muito mais fiável e versátil. Há um pequeno senão: é que para que tal suceda é necessário que o vidro empregue seja extremamente puro, isto é, não pode conter um elevado número de impurezas, pois tal introduz uma atenuação elevada no sinal. De facto, com a purificação do material empregue, reduziram-se de tal forma as perdas numa fibra óptica até ao ponto em que se tornaram possíveis os sistemas de comunicação ópticos.
O desenvolvimento e aplicação dos sistemas de fibra óptica cresceu da combinação da tecnologia de semicondutores, que fornecem as fontes de luz e os fotodetectores necessários, e a tecnologia de guias-de-onda ópticas. O resultado foi o estabelecimento de um circuito com várias vantagens sobre os sistemas de cobre, tais como:
− Baixa perda na transmissão e grande largura de banda: as fibras ópticas têm perdas de transmissão menores e larguras de banda maiores que os fios de cobre, o que significa que os sistemas de cabo de fibras ópticas podem percorrer grandes distâncias, diminuindo o número de fios e o número de repetidores necessários para estes domínios; esta redução de equipamento e de componentes diminui o custo do sistema e a sua complexidade;
− Tamanho e peso reduzidos: o baixo peso e as reduzidas dimensões (espessura de um