Omc -uma visão geral
A história da humanidade está permeada pela presença do comércio internacional. No princípio o comércio incluía as trocas de produtos para consumo, atualmente compreende a compra e venda de matérias primas, produtos industrializados e tecnologias. O crescimento das redes de interdependência entre os estados, o desenvolvimento de organismos e fóruns articulados por uma lógica global pós Segunda Guerra juntamente com a interdependência econômica mundial levaram à elaboração de tratados e acordos que normatizam os mercados internacionais.
No período de transição entre a Segunda Guerra e o fim da Guerra Fria cresce a importância de temas relacionados à economia, comércio, desenvolvimento e manutenção da paz entre os países, influenciado pelo boom da globalização. Há, também, um reordenamento das relações internacionais que evoluíram do modelo bipolar da Guerra Fria para um modelo multilateral, em torno das instituições internacionais, de fóruns globais de negociação, de regimes internacionais e de arranjos cooperativos.
Sob esse pano de fundo, os conceitos de cooperação e de instituições internacionais emergem destacadamente. Os interesses compartilhados criaram uma demanda por tais instituições e regras, ambas vistas como uma saída possível para se minimizar os efeitos negativos da disputa de poder criando, assim, uma alternativa viável para indução de padrões de comportamento mais cooperativos. Dessa forma, as instituições internacionais funcionariam como catalisadores da cooperação internacional.
No jogo de interesses predominante nas relações internacionais, o contexto cooperativo é o mais racional porque amplia positivamente o resultado de cada um dos participantes, maximizando os ganhos e estimulando cada vez mais a construção das estratégias comuns com vistas à consecução de vantagens mútuas. Entrementes, a existência de regras igualitárias que mantêm a soberania estatal, tendem a criar consensos internacionais com altos custos para aqueles