Os Jogos Olímpicos se apresentam como o evento esportivo de grande dimensão e repercussão no mundo contemporâneo em que milhares de atletas participam de várias competições. Atualmente os Jogos são realizados a cada dois anos, em anos pares, com os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno se alternando. Em 1894 o Barão Pierre de Coubertin fundou o Comitê Olímpico Internacional (COI) que se tornou o órgão dirigente do Movimento Olímpico, cuja estrutura e as ações são definidas pela Carta Olímpica. A evolução do Movimento Olímpico durante o século XX obrigou o COI a adaptar os Jogos que incluíram a criação dos Jogos de Inverno para esportes do gelo e da neve, os Jogos Paralímpicos de atletas com deficiência física e visual (atualmente atletas com deficiência intelectual e auditiva não participam) e os Jogos Olímpicos da Juventude para atletas adolescentes. Um megaevento se caracteriza por seu caráter temporal, sua capacidade de atrair um grande número de participantes de diversas nacionalidades e também por chamar a atenção dos meios de comunicação com uma amplitude global. Garcia (2004) sugere que o principal argumento utilizado pelas cidades postulantes a um evento como os Jogos Olímpicos são os benefícios para as comunidades locais, bem como uma ferramenta chave de projeção de cidade e de atração de turistas, o que leva a melhoras estruturais como rede de transporte, moradia, instalações esportivas e novos postos de trabalho. Garcia ainda diz que embora o planejamento apresentado para realização de um evento dessas proporções abranja as diversas redes urbanas, o que se observa na sua realização é que muitos dos cálculos apresentados pelas equipes pretendentes estejam baseados em uma perspectiva puramente econômica, que dá prioridade aos impactos físicos e financeiros sobre os possíveis efeitos culturais e sociais. Além disso, costuma-se avaliar os impactos desses eventos apenas pelos efeitos de curto prazo, sem se estabelecer planos para monitorar sua