Olhar vidrado na tela e café expresso na mão
Olhar vidrado na tela e café expresso na mão, nisso se resume as atitudes das pessoas, ao alcance de qualquer acontecimento no mundo e cada vez mais distante das coisas ao seu redor. As pessoas estão cada vez mais individualistas, falta-lhes o contato direto, falta o abraço e o aberto de mão. O compartilhar de um problema com um amigo não é demonstrar fraqueza, mas um sinal de humanização, fraqueza é construir muralhas de proteção onde sua única companhia é a solidão.
A liberdade na internet é ilusória, nela tudo se controla, até é a opinião. A descarga de informação na WEB “torna desnecessária” a autonomia de raciocínio. E como falar de liberdade onde não há o livre formar de opinião? Tudo se encontra pronto e não existe o questionar da veracidade no que se diz.
A recente revelação de Edward Snowden, ex-analista da CIA, sobre o programa de espionagem secreto, utilizado pelo governo Estadunidense é mais uma demonstração de falta de privacidade e liberdade ocasionadas através do autopoder de controle pela internet. O dever de proteção do Estado não deve ferir o direito de liberdade e privacidade do cidadão. Uma não pode ser o preço da outra, pois de as duas compõem as faces uma mesma moeda. O limite da liberdade está em nós e cabe a cada um interpretar o fim da sua no momento que ferir a liberdade do outro.