Olfato e paladar de cães
Introdução: Acredita-se que informações essenciais à sobrevivência como comida, predador e parceiro sexual devem ter sido os sinalizadores químicos mais primitivos. Mesmo com a evolução das espécies nos mais variados ambientes, o sentido químico dos animais foi conservado e surgiram formas adicionais da análise da informação química. Além de mediar o sentido olfatório, os receptores químicos proporcionam o sentido da gustação. As informações gustativas e as olfativas são integradas no cérebro juntamente com sensação de textura e temperatura dos alimentos nos proporcionando a impressão final dos alimentos.
1. Olfato
1.1 Introdução: O olfato é o sentido mais importante nos cães, exercendo função primordial para estes animais. Os cães utilizam muito mais o sentido do olfato do que os humanos. O olfato para os cães é tão importante, que três ou quatro minutos após o nascimento, com os olhos e os ouvidos ainda fechados, estes filhotes conseguem, através do faro, encontrar as tetas da mãe. Assim, o olfato auxilia no contato entre mãe e filho, na identificação de situações de perigo e no reconhecimento de fêmeas no cio, sendo fundamental para a reprodução. Há diferenças muito grande, entre as espécies, quanto às dimensões das estruturas olfativas e quanto à capacidade de detectar odores. O cão é citado como capaz de detectar mais odores com várias ordens de magnitude inferiores em concentração do que os que são detectados pelos seres humanos.
Nos movimentos respiratórios normais apenas uma parte do ar chega à mucosa olfativa. Devido ao farejamento, grande parte das substâncias olfativas chega próximo à mucosa olfativa, de modo que aumenta a capacidade de percepção dos odores. O ar, inspirado profundamente, permanece aprisionado nas cavidades nasais, ao contrário do inspirado através da respiração normal, que é conduzido para os pulmões. As células olfativas encontram-se situadas