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ANÁLISE ECONÔMICO 21/04/2014
A energia eólica no Brasil
"Dentre as vantagens da matriz energética eólica, está a de ocupar menor área física"
Fernando Ximenes
Cientista industrial, presidente da Gram Eollic fernandoximenes@grameollic.com.br O contexto dos debates acadêmico e econômico apontam a fonte eólica como modelo de geração de desenvolvimento sustentável no mundo atual e no Brasil. Além disso, converge com as necessidades de demandas brasileiras, compondo a matriz energética nacional.
Atualmente a fonte eólica participa em 2,41% da matriz energética brasileira, o que corresponde a uma capacidade instalada de 3,0044GW, operando no momento com 124 parques (3.004,4 MW), aptos 37 parques (962,7 MW), em construção e em teste, 96 parques (2.591,1 MW) e contratados são 300 parques (7.257,9 MW), que são projetos eólicos contemplados nos últimos leilões de energia.
Ao considerarmos os 93,73% em oferta média de energia eólica nos leilões realizados, podemos confirmar a tendência da virada energética brasileira com a fonte eólica, quando da constatação de que os contratos eólicos vencem em até 100% dos certames. Agrega-se a esse dado, o histórico dos leilões de energia que, em 2013, somou compra de 4,7 GW eólicos, onde 60,5% foram de fonte eólica contratados com aportes de R$ 21,2 bilhões em investimentos. Soma-se ao cenário de prospecções, 2,3GW de energia eólica, comprados no último leilão de energia do ano (A-5) a preço médio de R$ 109,93/MWh.
Inquestionavelmente, a projeção da energia eólica, para os próximos 20 anos, é virar a matriz energética brasileira, chegando com participação de 60% nominal e geração, com potenciais de usinas eólicas maiores e com máquinas de potencias entre 4MW a 10 MW. O cenário significativamente positivo para a economia não para por aqui. Dentre as vantagens da matriz energética eólica, está a de ocupar menor área física, enquanto a fonte de energia hídrica deverá ocupar 17%