Oficio de mestre 15 capitulo
Há, sem dúvida, algo mais profundo na questão: uma reflexão sobre o sentido social de sua condição de mestre. Esta deve ser a maior preocupação. Este é o caminho para a busca da identidade social e reconhecimento profissional. . Antes de mais nada, deve-se lutar para construir uma consciência de classe, ética, política e profissional .Uma tentativa de formar um perfil ou uma cultura não se consegue somando conhecimentos ou especializações, mas antes de tudo, se consegue formando em nossa cultura como convicção moral e política. Onde não há uma visão de educação básica, universal, de educação como direito humano, não haverá possibilidade de se firmar uma cultura profissional, uma cultura de magistério. Este vem fincando raízes nos valores sociais, pois está claro que sua luta de classe se identifica com a luta pelos direitos humanos .Sendo assim, a luta dos mestres pela valorização do ofício e a busca de sua identidade é a mesma de qualquer trabalhador que luta pelo seu direito mais elementar, ou seja, o de ser reconhecido como trabalhador. As escolas devem se tornar mais humanas .As condições que impedem ou permitem a aprendizagem humanizada a são materiais, mas também são de estrutura, de organização. O clima escolar burocrático, normatizado, a organização graduada e disciplinar levam o professor apenas a representar o seu papel de transmissor de conhecimentos. Sua luta é inseparável dos processos culturais que são lentos ,mas que devem ser construídos. Seu reconhecimento social passa pela afirmação de uma cultura pública e da vinculação da educação escolar a essa cultura e da inclusão da educação no campo dos direitos sociais e humanos. A categoria precisa se firmar como profissional e pouco adianta lutar por salários e por reconhecimento social se o professor continuar se vendo com o professor “ensinante”. Essa imagem é pobre e, com ela não se espera valorização social. O ofício de mestre só terá sentido na medida em que o