Oficina de Teatro Facilitador de relações com a diversidade
Facilitador de relações com a diversidade Leila Gutierrez
Orientação: Luciane Bonace Lopes Fernandes
RESUMO: Este artigo relata e discute uma pesquisa teórica e prática realizada a partir de revisão bibliográfica, prioritariamente de Spolin e Vygotsky, e de uma oficina de teatro realizada com um grupo de adolescentes entre 15 e 18 anos de idade, alunos da Escola Estadual Major Juvenal Alvim, localizada na cidade de Atibaia, estado de São Paulo, no ano de 2012. Com cerca de 60 encontros com a turma, foram trabalhadas atividades de jogos teatrais e improviso, com o intuito de resgatar a valorização e a participação do grupo e o reconhecimento do “Outro” 1, em detrimento do culto ao “eu”, na busca da prevenção à violência em sala de aula. A experiência permitiu explorar questões subjetivas que foram trazidas durante as atividades, as quais foram trabalhadas e reelaboradas pelo grupo.
Palavras-chave: Adolescentes, Jogos Teatrais e Improviso, Subjetividade.
INTRODUÇÃO
Como educadora sempre me questionei sobre os laços relacionais entre alunos, os quais, excetuando amigos muito próximos, relacionam-se com desrespeito, agressões físicas ou verbais e intolerância à diversidade, dando surgimento ao bullying, e como consequência, a evasão escolar. Percebe-se a perda da empatia por parte dos jovens, pois a tendência atual é a valorização do “eu” em detrimento do “nós”. Meu questionamento maior é: como resgatar a valorização do grupo, como fazer este aluno compreender que ele pode ter a autoestima elevada sem detrimento do “outro”, ou seja, possibilitar a este jovem a percepção e valorização de si, assim como a compreensão daqueles que estão ao seu redor e que incidem nos mesmos anseios? Portanto, busquei na